Mesmo tendo dois
full-lenghts, o clássico “...in the Darkness of Limb” (1994) e o magnífico “Petrean
Self” (2002), “Evil Fills Me” (sexto petardo no geral) talvez seja o trabalho
mais intenso da banda. E olha que a Valhalla sempre primou por fazer trabalhos
extremos e agressivos.
Desde o riff
apocalíptico de Internal War que abre
o EP, o peso e a brutalidade ficam evidentes, sendo que a banda mantém a sua
essência de sempre. Aliás, as guitarras merecem menção imediata, pois a fábrica
de riffs mórbidos executados por Adriana Tavares (com ajuda da
baixista/guitarrista, sua irmã Alessandra Tavares) chama atenção e parece
anunciar uma devastação.
A cozinha não fica
atrás com linhas de baixo bem estruturadas e que dão ênfase ao peso, mérito de Alessandra,
membro fundadora da banda que está na ativa na ativa desde 1990. Ariadne Souza
além de descer a mão e mostrar técnica em seu kit de bateria, vocifera guturais
cavernosos que estremecem o underground e deixam o ouvinte atônito.
Impressiona a energia
que emana das composições e a mescla de influências ‘old school’ com a aura que
só as bandas de Metal extremo nacional possuem, o que irá agradar em cheio o
verdadeiro apreciador de Death Metal. A variação de andamento também é um ponto
positivo, assim como a objetividade, o que deixa as músicas ainda mais
interessantes.
Para quem não sabe, a
Valhalla é uma banda pioneira com mulheres na formação que fazem Death Metal no
Brasil e se não fossem alguns problemas de formação, com certeza teria galgado
um status ainda maior na cena. Não tenha dúvidas que “Evil Fills Me” mostra que
vôos mais altos ainda é uma finalidade, pois trata-se de um ótimo trabalho.
8,5
Vitor
Franceschini
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